Acadêmicos de Niterói divulga logo e sinopse do enredo sobre Lula

A Acadêmicos de Niterói divulgou a sinopse e logo oficial do seu enredo para o carnaval de 2026. A estreante no Grupo Especial levará para a Marquês de Sapucaí uma homenagem a Luiz Inácio Lula da Silva com o enredo “Do alto do mulungu surge a esperança: Lula, o operário do Brasil”, desenvolvido pelo carnavalesco Tiago Martins e o enredista Igor Ricardo.

A azul e branca da cidade sorriso abrirá os desfiles do Grupo Especial no domingo de carnaval, 15 de fevereiro.

Introdução

Dentro de um regime democrático, a popularidade é movida por altos e baixos. Mas, ao contrário do pensamento estoico, nem toda vida política caminha para um final fracassado. E, atualmente, existe apenas um líder no planeta que pode reivindicar tal fama: Luiz Inácio da Silva – o ex-operário que voltou à presidência do Brasil para cumprir um terceiro mandato. Goste dele ou não, é preciso aceitar: Lula é o político mais bem-sucedido de seu tempo. A combinação de uma personalidade carismática com sensibilidade social são trunfos sublimes do homenageado da Acadêmicos de Niterói para o Carnaval 2026.

Sinopse

Do alto do mulungu surge a esperança: Lula, o operário do Brasil

Pelo rádio, ouve-se Luiz Gonzaga. Apesar dos chiados, Gonzagão era tão presente quanto os sanfoneiros nas festas nordestinas.

“Não há, ó gente, ó não/Luar como esse do sertão”

No agreste pernambucano, dona Lindu e seus oito filhos viviam integrados à natureza. Um deles era Luiz Inácio da Silva, o Lula. Ele e seus irmãos gostavam de brincar no reflexo prateado da lua cheia naquele chão ressecado.

A vida por lá era dura. Mas medo mesmo a família Silva tinha era das coisas do outro mundo. O que os assombrava eram as histórias de alma penada: o Papa-figo, um velho horrendo que adorava comer o fígado dos pequenos que não se comportavam; os mortos que voltavam do além… A cobra que saía escondida à noite para sugar o leite da mulher que amamentava.

Era o mundo fantástico usado para explicar o inevitável, em um lugar onde a mortalidade infantil fazia parte da realidade. Mesmo mortos, esses bebês se mantinham vivos no sentimento dos vivos. “Era preciso lutar para sobreviver ou morrer lutando”. O fato é que Luiz Inácio cresceu no momento de maior pobreza que sua mãe conheceu. Sem o pai, que foi morar em São Paulo, a lida ficou muito pior.

A diversão misturava-se com a necessidade ao brincar com os bichos que apareciam no quintal. Calangos, coelhos, preás, beija-flores e até caramujos. Com seus estilingues, acertavam os animais para assá-los em espetinhos enfileirados. A paisagem do agreste era o parque de diversões daqueles meninos, e o “brinquedo” favorito de Lula era o pé de mulungu dos arredores de sua casa. Do alto dos seus galhos, o futuro presidente do Brasil vislumbrava os dias com esperança.

No ano de 1952, o sol castigou toda a Garanhuns. A seca devastou a lavoura. A fome não perdoou. A possibilidade de sair de Pernambuco e migrar para São Paulo se tornou real. A travessia seria longa, dura, incerta. Uma viagem sem garantias, ao Deus dará. Amontoaram as coisas numa trouxa, guardaram os retratos pendurados na parede, tiraram as imagens de Santa Luzia e São José de seus altares e foram… Foram treze dias e treze noites que pareciam intermináveis num pau de arara de tábuas de madeira. A estrada que os levou para a grande metrópole brasileira foi o primeiro caminho que Luiz Inácio percorreu para tornar-se “o cara” que o mundo conhece.

Para os retirantes, São Paulo era uma espécie de terra prometida, um lugar para ser luz, a luz no fim do túnel. Era… Lula não demorou para descobrir que ali nem todos são iguais debaixo do sol.

O operário Luiz Inácio da Silva tinha uma história muito parecida com a da maioria dos centenas de milhares de “companheiros”. Depois de uma infância impiedosa, Lula, segundo as próprias palavras, ganhou a “chave do paraíso”, quando recebeu o diploma do Senai. Torneiro mecânico de verdade, profissional de papel passado, sentiu-se um artista. Aquele que transforma um disforme bloco de aço em uma “obra de arte”. Aos olhos da família, dos amigos, dos vizinhos e, principalmente, das garotas, o macacão virou motivo de orgulho.

Nos anos de chumbo, virou motivo de perseguição.

Um dos alvos dos militares ao tomar o poder foi o movimento operário. Sob a alfange do AI-5, o marechal Costa e Silva determinou que os ditos “crimes contra a segurança nacional” fossem julgados pelos próprios militares. Uma forma de prevenir qualquer ousadia reivindicatória. Mesmo com a repressão violenta e, apesar da relutância inicial, Lula entrou para a luta sindical e tomou gosto por aquela agitação permanente. Essa trajetória foi elemento importante para Lula enfrentar a tragédia da viuvez e da morte de dona Lindu.

O sindicato adquiriu então características de um lar, de guardião sentinela dos direitos da “peãozada”. O objeto das preocupações era o da maioria da população do ABC: salário. Os últimos anos da década de 70 foram tão intensos que Lula só tinha tempo para comandar uma greve atrás da outra e idealizar um novo partido político no Brasil; algo que nunca existiu no país: uma união de trabalhadores.

A liderança política de Lula marcou definitivamente a história do Brasil. Eleito deputado constituinte e presidente da República, Luiz Inácio subiu ao Palácio do Planalto após receber mais de 52 milhões de votos. Alguns dirão que ele bancou o camaleão, disfarçando de verde e amarelo sua coloração essencialmente vermelha. A tática eleitoral deu certo e trouxe para seu eleitorado setores da população que antes o encaravam com temor e preconceito. A estrela brilhou e subiu! A esperança venceu o medo!

Desde onde veio e até onde chegou, Lula havia se comprometido a ajudar os mais necessitados. E assim o fez. O Estado promoveu uma distribuição de renda ampla, conseguindo a maior redução da pobreza na história brasileira. Alunos de famílias menos favorecidas, que nunca teriam a chance de ir além do Ensino Médio, puderam contar com bolsas para ingressar no Ensino Superior. A energia elétrica passou a chegar nos lugares mais longínquos. O país saiu do mapa mundial da fome.

A pirâmide social do Brasil mudou de cara.

Empregadas domésticas, porteiros e trabalhadores braçais, praticamente toda a “ralé”, começaram a adquirir bens de consumo – até então privilégio dos “instruídos”. Para boa parte da elite, tudo isso irritava profundamente: a “subida” de funcionários aparentava que eles estavam “descendo”. Por isso que o contar do tempo para um futuro melhor parou, forçadamente. Uma era de sombras, de incertezas, de retrocessos e desmontes voltou a atrasar o desenvolvimento social da nação.

Mas ainda que todas as flores tenham sido arrancadas, uma por uma, pétala por pétala, o tempo do replantio e da primavera sempre há de chegar. E a primavera já chegou.

Ideias não se aprisionam. Nem morrem. Servem para desmascarar o patriotismo antipatriótico dos que conspiram contra a pátria. O maior legado do lulismo será sempre o enfrentamento para um novo regime de políticas públicas voltadas ao trabalhador e à redução da pobreza.

Nada do que Lula fez, ele fez sozinho. Sua liderança nasceu, cresceu e se consolidou como expressão de um andar junto. Ele faz jus e orgulha sua herança materna. Para Dona Lindu e os filhos que sabiam muito pouco, quase nada, sobre o país onde moravam, as páginas da história do Brasil registram este fruto do seu ventre: Luiz Inácio Lula da Silva.

Hoje a alegria toma posse dessa Avenida de braços dados com a esperança…

Salgueiro realiza nova eliminatória de samba com show completo neste sábado, 9 de agosto


Neste sábado, 9 de agosto, a quadra do GRES Acadêmicos do Salgueiro será palco de mais uma etapa da eliminatória de samba-enredo para o Carnaval 2026. Desta vez, é a Chave Branca que entra em cena com nove sambas concorrentes. Antes da disputa, o público poderá curtir um show completo da escola, com carro de som, bateria Furiosa, casais de mestre-sala e porta-bandeira, passistas, baianas, velha guarda e apresentação de maculelê.

Os ingressos já estão disponíveis no site da Guichê Web. Cada ingresso dá direito à entrada de um acompanhante.

VALORES – 1º LOTE:
• Pista: a partir de R$ 30
• Jirau: a partir de R$ 50
• Mesas (para 4 pessoas, com ingresso incluso): R$ 150
• Camarote Lateral (12 pessoas): R$ 700
• Camarote Frontal (12 pessoas): R$ 900

Para quem estiver distante, a eliminatória será transmitida ao vivo pelo canal Salgueiro TV no YouTube, a partir das 23h. 

A grande final da disputa está marcada para o dia 27 de setembro, sábado, quando será conhecido o hino oficial do Salgueiro para o próximo Carnaval.

O Sábado de Samba no Salgueiro conta com apoio dos parceiros Brahma, Guaracamp, Pitú, FM O Dia, Equiloc Locações, Mercado Flamar, Café 3 Corações e Criar Sign.

A quadra do Salgueiro fica na Rua Silva Teles, 104, Andaraí, Zona Norte do Rio.

CARNAVAL 2026

No próximo desfile, o Salgueiro levará para a avenida o enredo “A delirante jornada carnavalesca da professora que não tinha medo de bruxa, de bacalhau e nem do pirata da perna-de-pau”, uma homenagem à eterna carnavalesca Rosa Magalhães, a maior campeã da Sapucaí.

Assinado por Jorge Silveira, em parceria com o curador Leonardo Antan, o enredo propõe um cortejo lúdico inspirado no universo criativo de Rosa, com passagens por bibliotecas encantadas, reinos imaginários e personagens dos contos de fadas, da mitologia e do folclore brasileiro.

O Salgueiro encerrará os desfiles do Grupo Especial na terça-feira de Carnaval, dia 17 de fevereiro de 2026, fechando com chave de ouro a última noite da folia na Marquês de Sapucaí.

 

SERVIÇO — Eliminatória de Samba no Salgueiro – Chave Branca

Data: Sábado, 9 de agosto de 2025
Horário: A partir das 20h30
Local: Quadra do G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro
Endereço: Rua Silva Teles, 104 – Andaraí, Rio de Janeiro

Ingressos (1º lote):
• Pista: a partir de R$ 30
• Jirau: a partir de R$ 50
• Mesa para 4 pessoas (com ingressos inclusos): R$ 150
• Camarote Lateral (12 pessoas): R$ 700
• Camarote Frontal (12 pessoas): R$ 900

Unidos de Padre Miguel prorroga inscrições e divulga novo calendário da disputa de sambas para o Carnaval 2026

Atendendo à solicitação da Ala de Compositores, a direção da Unidos de Padre Miguel decidiu prorrogar o prazo de entrega dos sambas-enredo para o Carnaval 2026. A nova data para a inscrição das obras será no dia 9 de agosto, das 16h às 19h, na quadra da escola, localizada na Rua Mesquita, 8 – Padre Miguel.

“A prorrogação foi uma decisão conjunta com a nossa ala de compositores, com o objetivo de garantir que todos tenham tempo suficiente para aprofundar a pesquisa e desenvolver suas obras com ainda mais qualidade. Queremos uma disputa forte, com sambas que emocionem e representem com verdade a grandeza do nosso enredo e da nossa escola”, destacou o Diretor de Carnaval, Cícero Costa.

Com o enredo “𝘒𝘶𝘯𝘩ã-𝘌𝘵é: 𝘖 𝘚𝘰𝘱𝘳𝘰 𝘚𝘢𝘨𝘳𝘢𝘥𝘰 𝘥𝘢 𝘑𝘶𝘳𝘦𝘮𝘢”, desenvolvido pelo carnavalesco Lucas Milato, a Unidos propõe uma imersão na trajetória da guerreira indígena Clara Camarão, símbolo de coragem, liderança e resistência feminina no Brasil colonial.

A expectativa da direção é que a nova data estimule a criação de obras ainda mais potentes, que traduzam com emoção e respeito a proposta do desfile da Vermelha e Branca da Vila Vintém. Para apoiar os compositores nesse processo, a escola poderá promover mais dois encontros de tira-dúvidas com o carnavalesco, caso haja demanda das parcerias.

Confira o novo calendário oficial:

09/08 – Entrega dos sambas
17/08 – Feijoada com apresentação dos sambas concorrentes
22/08 – 1ª eliminatória
29/08 – 2ª eliminatória
05/09 – Semifinal
13/09 – Grande Final

A Unidos de Padre Miguel será a quinta escola a desfilar na sexta-feira de carnaval, pela Série Ouro do Rio de Janeiro, em busca do título e do retorno ao Grupo Especial.

Mayara Lima retoma aulas de samba no pé em projeto social para crianças do Morro do Tuiuti

A dançarina e rainha de bateria do Paraíso do Tuiuti Mayara Lima deu início nesta quarta-feira (24) às atividades do projeto social da escola mirim Netinhos do Tuiuti para o ciclo do Carnaval 2026. A primeira aula marcou o lançamento da nova turma do projeto Educação em Ação, que oferece oficinas gratuitas de samba no pé para crianças e adolescentes de sete a 17 anos no Morro do Tuiuti.

Criada na escola mirim e hoje símbolo da comunidade, Mayara destacou o orgulho de retornar ao seu território agora como educadora: “Meu objetivo é trabalhar o samba desde cedo na vida dessas crianças, resgatar a essência do samba no pé da nossa comunidade e trazer isso para dentro da nossa quadra. Estou muito feliz em poder contribuir não só como rainha de bateria, mas também como educadora. É algo que me enche de orgulho. Poder transmitir meu conhecimento através da minha arte e da minha cultura, que é tão rica, é uma missão. Toda criança precisa fazer parte desse mundo, dessa magia que é o Carnaval”, afirmou.

Para a rainha, projetos como esse são essenciais visto que Carnaval vai muito além de uma festividade. “O samba tem o poder de mudar vidas — e eu sou prova disso. Vim da escola mirim e o Carnaval transformou a minha história. Quero que essas crianças entendam, desde cedo, que o samba pode ser um pilar de mudança para elas, assim como foi para mim”, completou.

Unidos da Ponte transforma final de samba em baile black-funk

Festa terá shows de Bonde das Maravilhas, Oz Crias, DJ Corello e coroação de Thalita Zampirolli

A Unidos da Ponte já tem data para a grande final do concurso de samba-enredo para o Carnaval 2026. O evento será realizado no Clube Apolo, em São João de Meriti, a partir das 21h.

A noite promete ser uma verdadeira celebração da cultura popular, reunindo comunidade, sambistas e grandes atrações do movimento black e funk. Além da apresentação das cinco parcerias finalistas, que disputam o direito de embalar o desfile da escola na Marquês de Sapucaí, o evento contará com shows do Bonde das Maravilhas e do grupo Oz Crias e DJ Corello.

Outro momento aguardado da noite será a coroação oficial de Thalita Zampirolli como Rainha de bateria da Unidos da Ponte, à frente da bateria Ritmo Meritiense.

Para o Carnaval 2026, a Unidos da Ponte levará para a avenida o enredo “Tamborzão – O Rio é baile! O poder é black!”, desenvolvido pelo carnavalesco Nícolas Gonçalves. 

A proposta valoriza os bailes de favela, o funk, o charme, o soul e outras expressões da cultura negra e periférica como espaços de resistência e identidade.

Vale lembrar que, a escola será a última a desfilar pela Série Ouro no sábado de Carnaval, dia 14 de fevereiro de 2026.

Serviço:

Final do concurso de samba-enredo 2026 – Unidos da Ponte

Data: Sexte-feira, 15 de agosto de 2025

Horário: A partir das 21h

Local: Quadra da Unidos da Ponte – Rua Floriana 32,  Coelho da Rocha, São João de Meriti – RJ.

Entrada: Gratuita até às 23h

Ingressos após às 23h: R$ 5,00

Atrações:

– Apresentação das parcerias finalistas

– Shows do Bonde das Maravilhas e dos Oz Crias

– Coroação de Thalita Zampirolli Rainha da Bateria Ritmo Meritiense

Unidos do Cabuçu lança calendário, Sinopse e regras do Concurso de Samba-Enredo 2026 com premiação de R$ 3 mil para o vencedor

A Sociedade Esportiva Recreativa Escola de Samba Unidos do Cabuçu acaba de divulgar o aguardado calendário e o regulamento do seu Concurso de Samba-Enredo para o Carnaval de 2026. Com o tema “A SAGA DOS TUPINAMBÁS A GUARANIS NO OLHAR DO TEMPO… ESCUTE O CHEIRO DA CHUVA… NA ALDEIA MARICÁ… CABUÇU!”, a disputa promete movimentar compositores e apaixonados pelo samba em busca da obra que irá embalar o desfile da agremiação no próximo ano.

Além do destaque cultural, o concurso deste ano traz um super prêmio de R$ 3.000,00 para o samba vencedor, reforçando o compromisso da escola em valorizar seus artistas e fortalecer sua ala musical.

 CALENDÁRIO OFICIAL DO CONCURSO DE SAMBA 2026

  • 29 de julho – Tira-dúvidas com o carnavalesco, das 19h às 21h, na quadra
  • 19 de agosto – Tira-dúvidas com o carnavalesco, das 19h às 21h, na quadra
  • 04 de setembro – Entrega dos sambas das 19h às 21h (na quadra).
    • Inscrição gratuita
    • Entrega de 20 cópias da letra + áudio
    • Limite de 8 compositores por parceria, com até 2 participações especiais
  • 07 de setembro – Apresentação dos sambas concorrentes
  • 21 de setembro – Início das eliminatórias
  • 05 de outubro – Semifinal
  • 17 de outubro – Grande final

Confira em primeira mão nossa sinopse:

ENREDO:

“A SAGA DOS TUPINAMBÁS A GUARANIS NO OLHAR DO TEMPO… ESCUTE O CHEIRO DA CHUVA… NA ALDEIA MARICÁ… CABUÇU!”

ADMINISTRAÇÃO: Flávio Viana, Anderson Papai e Tadeuzinho.

AUTOR DO ENREDO: Anderson Papai.

DESENVOLVIMENTO DA SINOPSE E ENREDO: Anderson Papai, Vander Cobalto e Maicon Matarazzo.

SÍNTESE DO ENREDO:

“Na tribo, o velho é o dono da história, o adulto é o dono da aldeia e a criança é a dona do mundo” Orlando Villas Boas

A Sociedade Esportiva Recreativa Escola de Samba Unidos do Cabuçu, no alto dos seus 80 anos de resistência cultural, fundada aos pés da Serra dos Pretos Forros, antigo Quilombo de refúgio para negros e índios escravizados, vem em um ato de união e preservação da natureza, dos costumes e das tradições ancestrais de uma cultura singular. Propomos o desenvolvimento de um tema de sagrada importância para os povos originários, que tem na natureza seu vínculo com o sagrado, promovendo o respeito à diversidade cultural, e a valorização das contribuições dos povos ancestrais para a construção da sociedade brasileira, ressaltando através da cultura Tupinambá e Tamoio, a formação da região e do histórico da cidade de Maricá, que incentiva o resgate, a preservação e a difusão da cultura indígena. Maricá-Cabuçu ainda carregam juntos a Etimologia que nos une em um traço linguístico Tupi Guarani, onde a Vespa Grande (Cabuçu), viaja através dos tempos para região das plantas de espinhos (Maricá), fortalecendo um elo que nos une por ancestrais em comum em nossas formações.

SINOPSE:

“Sensibilidade, percepção e ressonância para ouvir as mensagens da natureza…”

Quando eu era curumim na minha aldeia Tupinambá, aprendi que a sabedoria em conviver harmoniosamente com a natureza e o respeito ao sagrado é um legado herdado pelos nossos ancestrais. Nós, assim como as cobras que rastejam pelas matas, guardamos por séculos esse chão, bem antes da chegada dos homens brancos aos nossos domínios; nos tempos de hoje Maricá, mas para nós, “Pariká” como chamamos essa terra em nossa língua.

O tempo passou… e sentado em torno da fogueira da aldeia dos Guaranis, ouvimos do grande pajé que novos rumos os ventos trariam. Junto com a maré que vem e vai, no clarão da lua cheia ou no cintilar do sol, ouvindo a sinfonia dos pássaros que teimam em não desafinar, de repente, ouvimos passos, vimos novas feições, sentimos novos perfumes. Um novo murmurar pairou na aldeia… olhares… curiosidades… eis que novos seres chegam ao nosso paraíso buscando comunhão, trazendo consigo novas religiões, costumes, culturas e o pretexto de defender o litoral recém conquistado, a Coroa Portuguesa iniciou a exploração de nossa aldeia Maricá e nunca mais os dias e noites seriam como antes…

Entre raios e trovões, tacapes e bordunas passamos a conviver com o novo, novidade nem sempre é sinal de progresso, mas acreditando em um “descobrimento” lá fomos nós vivermos os novos tempos que se apresentavam. Conhecemos um padre milagreiro, José de Anchieta se chamava ele, que hoje é até santo. Multiplicou peixes mesmo quando nossas redes e lanças voltavam vazias das pescas, saciando nossa fome e gerando abundância para as aldeias.

Foram chegando navios, tropas, objetos, vestimentas e culturas diferentes trazidos pelos novos habitantes que passamos a conviver.

As primeiras ocas dos novos povoados começaram a ser erguidas e levantaram também a primeira capela dedicada à Nossa Senhora do Amparo, padroeira da aldeia dos homens brancos que se fincaram em nosso chão. Tempos depois, construíram em nossas terras uma longa serpente de ferro que cuspia fumaça e rastejava por todo o vilarejo levando peixes e bananas para os negociantes da região.

O soprar do vento muda constantemente, trazendo consigo novas ondas no mar, novos pássaros no céu e novas crenças de todos os lugares. Se no passado todos os rituais circundam a natureza hoje também circulam entre os nossos

antepassados, trazendo à memória e à força dos espíritos que vêm de outras terras e acharam neste chão sagrado um lugar para repousar.

Se antes habitávamos as regiões costeiras de nossas terras, hoje nos encontramos dentro da mata, cercados do mais puro verde, nossas antigas ocas deram espaço para as casas de veraneio dos novos apaixonados por esse paraíso. Pessoas que vêm de todos os cantos, buscando aventuras ou descanso para a alma. Esse pedaço do céu que parece ter se invertido, reflete o mais azul dos mares, convidando a todos a voarem através das ondas ou a poder mergulhar até tocar as estrelas.

O tempo passou, e assim como no passado que o homem branco achou riquezas em nossa terra, hoje as riquezas se encontram nas profundezas do mar. O tal Ouro Negro, tão cobiçado por todos quis fazer morada aqui, revolucionando toda a regiao, permitindo a expansão e crescimento de toda a Maricá. Como já dizia o velho pajé, que mesmo com todos os espinhos, sempre iremos continuar florescendo.

Na aldeia, aprendemos desde muito cedo a celebrar a conexão com os nossos antepassados e com a natureza. Através de cantos e danças mantemos nossa identidade fortalecida, ensinando aos mais jovens a nossa história e o nosso legado de resistência. Lembro de uma celebração fora da aldeia que vi quando ainda era curumim e que nunca me esqueci, com batuques, cores e danças contagiantes que arrastavam multidões, assim como as nossas. Como na minha memória, hoje ela se repete por nossa terra, trazendo conexão com os antigos que iniciaram esses ritos. Reunindo os mais diferentes povos e despertando a chama animal mais profunda da alma que queima até virar cinzas, nesses dias de festa nossos corações além de vermelhos recebem as cores azul e branco junto com a força avassaladora do rugido de um leão.

Nosso povo respeita profundamente a natureza porque se entende como parte dela. Sabemos que viemos desse chão, e preservamos a harmonia com a fauna e flora, respeitando nossas tradições, nosso conhecimento ancestral sagrado e as práticas de conservação e restauração do nosso ambiente natural. Fincamos nosso sangue e suor nessa terra chamada Maricá, repleta de histórias de lutas, conquistas e memórias que repassamos aos nossos descendentes, histórias sobre nossas sagas, nossos povos e nossa identidade. Muitos de nós se espalharam por outras terras, mas ainda seguimos firmes e fortes aqui preservando nossa mata verde bonita e mantendo o nosso céu azul.

O grande legado que mantemos em Parika ou Maricá para os demais, é o saber conviver com o presente, respeitando o passado e pensando no futuro. Desenvolvendo práticas que ao longo de milhares de anos priorizaram a conservação e restauração do nosso ambiente natural, respeitando profundamente a nossa biodiversidade e ciclos naturais, pois através desses recursos mantemos nossa sobrevivência.

Diante de um cenário cada vez mais alarmante, a preservação do planeta e dos nossos territórios indígenas, precisa voltar ao centro das nossas conversas. A Unidos do Cabuçu, se volta para a chuva se sentindo como em uma aldeia unida, chamando a atenção para a cidade de Maricá, que através da preservação dá exemplo aos demais territórios, trazendo a mensagem de que é possível se conectar ao futuro, sem negligenciar o passado, construindo novas oportunidades, cultivando a natureza, mantendo uma relação de reciprocidade entre os povos e reconhecendo a importância do nosso povo originário, protegendo nossas memórias para as que as gerações futuras nunca se esqueçam que todos somos filhos e donos desta terra.

Unidos de Padre Miguel recebe sambas concorrentes no sábado (26)

A Unidos de Padre Miguel dá mais um passo rumo ao Carnaval 2026 com a entrega dos sambas-enredo que irão concorrer na disputa pelo hino oficial da escola. A entrega será no próximo sábado, 26 de julho, das 16h às 19h, na quadra da agremiação, localizada na Rua Mesquita, 8 – Padre Miguel.

Com o enredo “𝘒𝘶𝘯𝘩ã-𝘌𝘵é: 𝘖 𝘚𝘰𝘱𝘳𝘰 𝘚𝘢𝘨𝘳𝘢𝘥𝘰 𝘥𝘢 𝘑𝘶𝘳𝘦𝘮𝘢”, desenvolvido pelo carnavalesco Lucas Milato, a escola convida os compositores a explorarem a história da guerreira indígena Clara Camarão, símbolo de coragem, liderança e resistência feminina no Brasil colonial. A expectativa é de que obras potentes e emocionantes sejam entregues para embalar o desfile da vermelha e branca da Vila Vintém na Marquês de Sapucaí.

Na ocasião, além da inscrição, os compositores irão receber todas as informações e regras sobre a disputa.

“Este é um momento muito especial para nossa escola e para todos os compositores que amam o carnaval. Estamos ansiosos para ver a criatividade e a paixão das parcerias e para escolher um samba que represente com grandeza o nosso Boi Vermelho em 2026” – disse o Diretor de Carnaval, Cicero Costa.

A Vermelha e Branca da Vila Vintém será a quinta agremiação a desfilar na sexta-feira de carnaval, pela Série Ouro, do Rio de Janeiro, em busca do título e  o retorno ao Grupo Especial.

Fotos: Leandro Andrade
Com foco na valorização do compositor, União de Maricá reformula disputa de samba e aumenta prêmio para R$ 100 mil

Novo modelo reduz custos aos participantes, elimina cortes iniciais e prioriza avaliação técnica das obras a partir de audições internas no barracão

A União de Maricá apresentou o novo formato da disputa de samba-enredo para o Carnaval 2026. A escola aposta em uma reformulação no modelo, com foco na redução dos custos para os compositores. O processo também passa a contar com uma premiação ampliada: o valor total destinado aos autores do samba vencedor passa de R$ 75 mil para R$ 100 mil, uma das maiores premiações entre as escolas que desfilam na Marquês de Sapucaí, na Série Ouro e no Grupo Especial.

A mudança na premiação faz parte do compromisso da agremiação com a valorização do processo criativo por trás do samba-enredo. A ideia é que os autores das obras tenham condições reais de concorrer, sem a pressão de montar superproduções. Para o presidente Matheus Santos, o compositor deve ser o protagonista.

É muito claro para a gente que o samba-enredo é o pilar do nosso desfile. O compositor, nesse contexto, deve ter a sua arte reconhecida, respeitada e valorizada. Essa disputa é sobre abrir espaço real para que todos possam mostrar sua obra sem precisar esgotar recursos financeiros ou montar um espetáculo paralelo ao que realmente importa, que é o samba, disse Matheus.

O cronograma da disputa também foi reestruturado para ser mais funcional e econômico. As composições serão inscritas no dia 29 de julho, das 19h às 22h. A disputa começa no dia 1º de agosto, com todos os sambas sendo apresentados na quadra, sem cortes e sem obrigatoriedade de torcida. Nas duas semanas seguintes, nos dias 8 e 15, os sambas serão avaliados em audições internas no barracão, em fase eliminatória, com acesso restrito a compositores e intérpretes.

Essa nova configuração visa corrigir distorções que se acentuaram nos últimos anos em disputas de samba, onde a estrutura de torcida e o investimento acabavam se sobrepondo à qualidade da obra. Desta forma, a escola propõe uma inversão dessa lógica, fortalecendo a escuta e reduzindo a necessidade de gastos paralelos. Matheus defende que o foco deve voltar a ser a qualidade do samba, não o espetáculo fora dele.

Criamos um formato que tira o peso da torcida como pré-requisito de sucesso. Em vez de quem tem mais estrutura para montar show, queremos escutar quem tem mais samba. A disputa no barracão, com escuta técnica e sem plateia, é importante. O compositor não vai mais precisar fazer produção de palco antes da hora. O dinheiro que antes era gasto com torcida, camisa, ônibus para levar em Maricá diversas semanas, dentre outros, agora pode ser investido exclusivamente na composição, sem a preocupação de tanto gasto extra, destacou o presidente.

Além da reestruturação do calendário, o regulamento da disputa também foi atualizado para garantir maior igualdade de condições. Cada samba poderá ter até seis compositores, sem participações especiais, e o número de cantores por apresentação está limitado a quatro. A União de Maricá também promoverá quatro encontros tira-dúvidas, sendo obrigatória a participação em pelo menos dois deles, com a apresentação da obra. O primeiro encontro ocorreu ontem (23) e os próximos estão marcados para os dias 30 de junho (barracão), 7 de julho (quadra) e 14 de julho (barracão).

Em 2026, a União de Maricá levará para a Sapucaí o enredo “Berenguendéns e Balangandãs”, do carnavalesco Leandro Vieira. A escola será a sexta a se apresentar no sábado, 14 de fevereiro, pela Série Ouro.

Vizinha Faladeira entrega sinopse do enredo para o Carnaval 2026

A Pioneira do Samba anuncia o tema “A voz que vem do mar é ancestral” e convoca compositores para a disputa de samba-enredo

A Vizinha Faladeira começa a se preparar para o Carnaval 2026 com a entrega oficial da sinopse do enredo “A voz que vem do mar é ancestral”. O encontro acontece nesta quarta-feira, 25 de junho, a partir das 20h, na quadra da agremiação, localizada na Rua Nabuco de Freitas, nº 19, no bairro do Santo Cristo, na Zona Portuária do Rio de Janeiro.

A escola propõe um mergulho nas profundezas das tradições afro-brasileiras, com um chamado urgente à reconexão com a natureza e à preservação do mar como espaço sagrado e fonte de memória ancestral. O enredo será desenvolvido pelos carnavalescos Leandro Mourão e Vitor Mourão, que prometem levar à Sapucaí uma celebração repleta de fé, resistência e devoção, destacando as procissões, rituais e festejos populares que cultuam o sagrado.

Calendário para os compositores

A Vizinha Faladeira também divulgou o cronograma para a disputa de samba-enredo, incluindo encontros tira-dúvidas e a data para a entrega oficial das obras:

  • Tira-dúvidas
    Quarta-feira, 2 de julho – a partir das 20h
    Sábado, 5 de julho – a partir das 11h
  • Entrega dos sambas
    Quarta-feira, 30 de julho
    – das 19h às 23h59

    Matéria: Chiara Martelotta
Unidos da Ponte apresenta sinopse e lança concurso de samba-enredo para o Carnaval 2026


Depois de 8 anos, a escola retoma sua ala de compositores e reforça o elo com comunidade

Dando continuidade aos preparativos para o próximo desfile, a Unidos da Ponte dá mais um passo importante com a apresentação da sinopse do enredo “Tamborzão – O Rio é baile! O poder é black!” e o lançamento oficial do concurso de samba-enredo.

A explanação da sinopse será realizada de forma online e aberta ao público, por meio das redes sociais oficiais da escola. O evento contará com a participação do carnavalesco Nícolas Gonçalves, do enredista Cleiton Almeida e do diretor de carnaval Camarão Netto, que juntos apresentarão os desdobramentos, conceitos e elementos centrais do enredo.

Após o anúncio oficial do enredo, feito na última sexta-feira, a Unidos da Ponte dá o pontapé inicial no processo de escolha do samba que embalará seu desfile na Marquês de Sapucaí em 2026. O regulamento completo, com prazos, critérios de julgamento e orientações para inscrição, será divulgado durante a transmissão.

De volta à gestão da escola, Gustavo Barros, um dos responsáveis pela condução administrativa da agremiação, destaca a importância do momento:

“O concurso de samba-enredo movimenta a comunidade e marca o início da construção do nosso desfile. É com muito respeito à nossa história e ao talento dos compositores que reabrimos a nossa ala, ao lado do presidente da ala Márcio de Deus, e seguimos firmes para essa nova fase!”, declara Gustavo. 

Serviço:
Data: 25/06 (quarta-feira)
Horário: 20h
Transmissão ao vivo: Pelas redes sociais oficiais da G.R.E.S. Unidos da Ponte

Chiara Martelotta