O ADEUS MONUMENTAL DE OZZY OSBOURNE

Show histórico arrecadou milhões para instituições e marca a despedida do Príncipe das Trevas

Duas semanas antes de sua morte, o lendário Ozzy Osbourne protagonizou um dos momentos mais emblemáticos da história do rock. Aos 76 anos e enfrentando as limitações causadas pelo Parkinson, o eterno “Príncipe das Trevas” subiu ao palco para o show de encerramento de sua carreira — uma apresentação monumental que vai ecoar por gerações.

Mais do que um simples espetáculo, o evento entrou para a história como um verdadeiro tributo ao heavy metal. Com 11 horas de duração e um lineup de peso, o show reuniu pela primeira vez em 20 anos a formação original do Black Sabbath — Ozzy, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward — emocionando os fãs com um reencontro que parecia impossível.

Além disso, estrelas como Tom Morello (Rage Against the Machine), Slash e Duff McKagan (Guns N’ Roses), Billy Corgan (Smashing Pumpkins), David Draiman (Disturbed), Fred Durst (Limp Bizkit), entre muitos outros nomes de peso, fizeram participações inesquecíveis. A direção musical ficou por conta do próprio Morello, que revelou nas redes sociais que levou mais de um ano para montar o que chamou de “o melhor dia da história do heavy metal”.

Mais de 40 mil pessoas estiveram presentes fisicamente no evento, enquanto cerca de 5,8 milhões de espectadores acompanharam a transmissão online (vendida a R$ 82,25). Mas o impacto do show foi além da música: a apresentação arrecadou impressionantes US$ 190 milhões destinados a instituições como a Cure Parkinson’s — que trabalha pela cura da doença que acometia Ozzy — além do Birmingham Children’s Hospital e do Acorn Children’s Hospice.

A filha do cantor, Kelly Osbourne, publicou no Instagram no dia 13 de julho que Ozzy seguia lutando contra as consequências do Parkinson e que estava com mobilidade bastante reduzida. Sua morte foi confirmada dias depois, por meio de comunicado oficial da família.

Com esse grandioso ato final, Ozzy não apenas se despediu dos palcos — ele reforçou seu legado como ícone do rock, ativista da saúde e símbolo de superação. Um adeus digno de lenda.

Imagem: Divulgação


Vizinha Faladeira contará com dupla de coordenadoras para a ala de passistas


A tradicional escola de samba Vizinha Faladeira anunciou pelas redes sociais que sua ala de passistas será comandada por uma dupla de coordenadoras no próximo Carnaval. Suh Cassia e Flavi Gomez assumem a missão de resgatar a tradição da ala e oferecer oportunidades a jovens da comunidade, reforçando o compromisso da agremiação com suas raízes.

Flavi Gomez

Natural do bairro do Santo Cristo, Flavi Gomez é cria do samba. Começou sua trajetória ainda na infância na Vizinha Faladeira e passou por diversas agremiações como passista, incluindo Vila Isabel, Império da Tijuca e Unidos da Tijuca. Desde 2018, é rainha do bloco Pinto Sarado, título conquistado por concurso naquele mesmo ano.

Em 2019, participou da disputa para a Corte do Carnaval do Rio de Janeiro, conquistando o 7º lugar na classificação geral. Em 2023, foi musa do Feitiço Carioca, e no ano seguinte, brilhou como musa da Vizinha Faladeira. No último Carnaval, Flavi encarou o desafio de coordenar a ala de passistas da escola, que foi reconhecida com os prêmios Plumas e Paetês e Explosão in Samba como a melhor ala do ano.

Suh Cassia

Suh Cassia iniciou sua história no samba ainda criança, pela escola mirim Pimpolhos da Grande Rio. Há mais de uma década, conheceu a comunidade da Vizinha Faladeira, pela qual nutre profundo carinho e orgulho. Convidada inicialmente para ser secretária da ala de passistas, Suh acabou integrando o grupo e demonstrou talento e dedicação ao longo do tempo.

Agora, divide a coordenação da ala ao lado de Flavi Gomez para o Carnaval de 2026, consolidando uma parceria que promete fortalecer ainda mais a identidade da escola.

Projeto Samba SoulSuh forma novos passistas na comunidade

Sob a liderança de Suh Cassia, a Vizinha Faladeira lançou o projeto Samba SoulSuh, voltado para a formação e integração de novos passistas. A iniciativa é aberta a interessados de todos os níveis — do iniciante ao avançado — e oferece aulas gratuitas todas as quintas-feiras, das 20h às 22h, na quadra da escola, localizada na Rua Nabuco de Freitas, nº 19, Santo Cristo.

Unidos do Cabuçu lança calendário, Sinopse e regras do Concurso de Samba-Enredo 2026 com premiação de R$ 3 mil para o vencedor

A Sociedade Esportiva Recreativa Escola de Samba Unidos do Cabuçu acaba de divulgar o aguardado calendário e o regulamento do seu Concurso de Samba-Enredo para o Carnaval de 2026. Com o tema “A SAGA DOS TUPINAMBÁS A GUARANIS NO OLHAR DO TEMPO… ESCUTE O CHEIRO DA CHUVA… NA ALDEIA MARICÁ… CABUÇU!”, a disputa promete movimentar compositores e apaixonados pelo samba em busca da obra que irá embalar o desfile da agremiação no próximo ano.

Além do destaque cultural, o concurso deste ano traz um super prêmio de R$ 3.000,00 para o samba vencedor, reforçando o compromisso da escola em valorizar seus artistas e fortalecer sua ala musical.

 CALENDÁRIO OFICIAL DO CONCURSO DE SAMBA 2026

  • 29 de julho – Tira-dúvidas com o carnavalesco, das 19h às 21h, na quadra
  • 19 de agosto – Tira-dúvidas com o carnavalesco, das 19h às 21h, na quadra
  • 04 de setembro – Entrega dos sambas das 19h às 21h (na quadra).
    • Inscrição gratuita
    • Entrega de 20 cópias da letra + áudio
    • Limite de 8 compositores por parceria, com até 2 participações especiais
  • 07 de setembro – Apresentação dos sambas concorrentes
  • 21 de setembro – Início das eliminatórias
  • 05 de outubro – Semifinal
  • 17 de outubro – Grande final

Confira em primeira mão nossa sinopse:

ENREDO:

“A SAGA DOS TUPINAMBÁS A GUARANIS NO OLHAR DO TEMPO… ESCUTE O CHEIRO DA CHUVA… NA ALDEIA MARICÁ… CABUÇU!”

ADMINISTRAÇÃO: Flávio Viana, Anderson Papai e Tadeuzinho.

AUTOR DO ENREDO: Anderson Papai.

DESENVOLVIMENTO DA SINOPSE E ENREDO: Anderson Papai, Vander Cobalto e Maicon Matarazzo.

SÍNTESE DO ENREDO:

“Na tribo, o velho é o dono da história, o adulto é o dono da aldeia e a criança é a dona do mundo” Orlando Villas Boas

A Sociedade Esportiva Recreativa Escola de Samba Unidos do Cabuçu, no alto dos seus 80 anos de resistência cultural, fundada aos pés da Serra dos Pretos Forros, antigo Quilombo de refúgio para negros e índios escravizados, vem em um ato de união e preservação da natureza, dos costumes e das tradições ancestrais de uma cultura singular. Propomos o desenvolvimento de um tema de sagrada importância para os povos originários, que tem na natureza seu vínculo com o sagrado, promovendo o respeito à diversidade cultural, e a valorização das contribuições dos povos ancestrais para a construção da sociedade brasileira, ressaltando através da cultura Tupinambá e Tamoio, a formação da região e do histórico da cidade de Maricá, que incentiva o resgate, a preservação e a difusão da cultura indígena. Maricá-Cabuçu ainda carregam juntos a Etimologia que nos une em um traço linguístico Tupi Guarani, onde a Vespa Grande (Cabuçu), viaja através dos tempos para região das plantas de espinhos (Maricá), fortalecendo um elo que nos une por ancestrais em comum em nossas formações.

SINOPSE:

“Sensibilidade, percepção e ressonância para ouvir as mensagens da natureza…”

Quando eu era curumim na minha aldeia Tupinambá, aprendi que a sabedoria em conviver harmoniosamente com a natureza e o respeito ao sagrado é um legado herdado pelos nossos ancestrais. Nós, assim como as cobras que rastejam pelas matas, guardamos por séculos esse chão, bem antes da chegada dos homens brancos aos nossos domínios; nos tempos de hoje Maricá, mas para nós, “Pariká” como chamamos essa terra em nossa língua.

O tempo passou… e sentado em torno da fogueira da aldeia dos Guaranis, ouvimos do grande pajé que novos rumos os ventos trariam. Junto com a maré que vem e vai, no clarão da lua cheia ou no cintilar do sol, ouvindo a sinfonia dos pássaros que teimam em não desafinar, de repente, ouvimos passos, vimos novas feições, sentimos novos perfumes. Um novo murmurar pairou na aldeia… olhares… curiosidades… eis que novos seres chegam ao nosso paraíso buscando comunhão, trazendo consigo novas religiões, costumes, culturas e o pretexto de defender o litoral recém conquistado, a Coroa Portuguesa iniciou a exploração de nossa aldeia Maricá e nunca mais os dias e noites seriam como antes…

Entre raios e trovões, tacapes e bordunas passamos a conviver com o novo, novidade nem sempre é sinal de progresso, mas acreditando em um “descobrimento” lá fomos nós vivermos os novos tempos que se apresentavam. Conhecemos um padre milagreiro, José de Anchieta se chamava ele, que hoje é até santo. Multiplicou peixes mesmo quando nossas redes e lanças voltavam vazias das pescas, saciando nossa fome e gerando abundância para as aldeias.

Foram chegando navios, tropas, objetos, vestimentas e culturas diferentes trazidos pelos novos habitantes que passamos a conviver.

As primeiras ocas dos novos povoados começaram a ser erguidas e levantaram também a primeira capela dedicada à Nossa Senhora do Amparo, padroeira da aldeia dos homens brancos que se fincaram em nosso chão. Tempos depois, construíram em nossas terras uma longa serpente de ferro que cuspia fumaça e rastejava por todo o vilarejo levando peixes e bananas para os negociantes da região.

O soprar do vento muda constantemente, trazendo consigo novas ondas no mar, novos pássaros no céu e novas crenças de todos os lugares. Se no passado todos os rituais circundam a natureza hoje também circulam entre os nossos

antepassados, trazendo à memória e à força dos espíritos que vêm de outras terras e acharam neste chão sagrado um lugar para repousar.

Se antes habitávamos as regiões costeiras de nossas terras, hoje nos encontramos dentro da mata, cercados do mais puro verde, nossas antigas ocas deram espaço para as casas de veraneio dos novos apaixonados por esse paraíso. Pessoas que vêm de todos os cantos, buscando aventuras ou descanso para a alma. Esse pedaço do céu que parece ter se invertido, reflete o mais azul dos mares, convidando a todos a voarem através das ondas ou a poder mergulhar até tocar as estrelas.

O tempo passou, e assim como no passado que o homem branco achou riquezas em nossa terra, hoje as riquezas se encontram nas profundezas do mar. O tal Ouro Negro, tão cobiçado por todos quis fazer morada aqui, revolucionando toda a regiao, permitindo a expansão e crescimento de toda a Maricá. Como já dizia o velho pajé, que mesmo com todos os espinhos, sempre iremos continuar florescendo.

Na aldeia, aprendemos desde muito cedo a celebrar a conexão com os nossos antepassados e com a natureza. Através de cantos e danças mantemos nossa identidade fortalecida, ensinando aos mais jovens a nossa história e o nosso legado de resistência. Lembro de uma celebração fora da aldeia que vi quando ainda era curumim e que nunca me esqueci, com batuques, cores e danças contagiantes que arrastavam multidões, assim como as nossas. Como na minha memória, hoje ela se repete por nossa terra, trazendo conexão com os antigos que iniciaram esses ritos. Reunindo os mais diferentes povos e despertando a chama animal mais profunda da alma que queima até virar cinzas, nesses dias de festa nossos corações além de vermelhos recebem as cores azul e branco junto com a força avassaladora do rugido de um leão.

Nosso povo respeita profundamente a natureza porque se entende como parte dela. Sabemos que viemos desse chão, e preservamos a harmonia com a fauna e flora, respeitando nossas tradições, nosso conhecimento ancestral sagrado e as práticas de conservação e restauração do nosso ambiente natural. Fincamos nosso sangue e suor nessa terra chamada Maricá, repleta de histórias de lutas, conquistas e memórias que repassamos aos nossos descendentes, histórias sobre nossas sagas, nossos povos e nossa identidade. Muitos de nós se espalharam por outras terras, mas ainda seguimos firmes e fortes aqui preservando nossa mata verde bonita e mantendo o nosso céu azul.

O grande legado que mantemos em Parika ou Maricá para os demais, é o saber conviver com o presente, respeitando o passado e pensando no futuro. Desenvolvendo práticas que ao longo de milhares de anos priorizaram a conservação e restauração do nosso ambiente natural, respeitando profundamente a nossa biodiversidade e ciclos naturais, pois através desses recursos mantemos nossa sobrevivência.

Diante de um cenário cada vez mais alarmante, a preservação do planeta e dos nossos territórios indígenas, precisa voltar ao centro das nossas conversas. A Unidos do Cabuçu, se volta para a chuva se sentindo como em uma aldeia unida, chamando a atenção para a cidade de Maricá, que através da preservação dá exemplo aos demais territórios, trazendo a mensagem de que é possível se conectar ao futuro, sem negligenciar o passado, construindo novas oportunidades, cultivando a natureza, mantendo uma relação de reciprocidade entre os povos e reconhecendo a importância do nosso povo originário, protegendo nossas memórias para as que as gerações futuras nunca se esqueçam que todos somos filhos e donos desta terra.